Oi meus amores!
E aí? Muitas novidades? Tá eu sei! Tô um tempão sem postar looks, tal e coisa, coisa e tal... Mas eu realmente tive que dar essa pausa, as provas na faculdade e a viagem do meu chefe pra Las Vegas afetaram muuuuito a minha rotina! Sem falar no peste do álbum do Picasa que tá dando chilique pra baixar as fotos aqui no blog, diz que meu espaço esgotou e preciso liberar uma grana para ganhar mais espaço, acho que vou mesmo é apagar algumas fotos! rs [mão de vaca feelings]
Então, eu recebo alguns e-mails de pessoas que me contam de tudo! rs [de tudo mesmo] e consequentemente essas pessoas querem também saber de tudo, acho até que é uma coisa natural, a pessoa conhece o blog pura e simplesmente em busca de inspiração pra se vestir, daí ela passa a te acompanhar diariamente, ou periódicamente que seja, mas com o passar do tempo, elas vão querendo conhecer um pouco mais sobre você [no caso eu] e aqui no blog, nesse mundo virtual em geral, as pessoas acham que tudo é um mar de rosas, que todos vivemos muito bem, que a grama do vizinho é mais verde do que a nossa... será mesmo?
Eu sempre fui uma pessoa decidida, independente, avançada em relação as outras meninas da minha idade, quando criança, lembro que conversava no meio dos adultos com tanta naturalidade que tomava era bronca do meu avô! rs
Na época eu ficava doida da vida, morria de vergonha sempre que ele me repreendia em alguma conversa, e só hoje vejo que aquilo no fundo, era o sinal de medo que ele tinha de tanta independência, de tanta desenvoltura...
Com 11 anos era eu quem decidia o cardápio da casa, ah! Aliás, era eu quem cozinhava na casa! Minha vó com a saúde sempre debilitada, estava sempre em alguma consulta médica (quando não internada), um dia com cardiologista, outro com um médico qualquer que seja... E nessa rotina, quando ela é meu avô chegavam do hospital, o almoço estava pronto, a roupa estava na máquina, a casa já estava varrida e eu, já estava na esquina de casa vendendo sorvete [atividade que complementava a renda da família].
Meu primeiro emprego de carteira assinada foi com 16 anos, talvez por isso, no dia em que eu disse "estou saindo de casa" aos 18 anos, ninguém se espantou!
Porém, só tinha um detalhe, eu não tinha nada pra sair de casa, só minhas malas de roupas e sapatos! [meu bem maior até então] rs
Na quinta-feira saí para procurar uma quitinete, encontrei na sexta, me mudei no sábado, só com as malas e algumas panelas que ganhei da minha vó, ah! Minto! Pra não dizer que não tinha nada, eu tinha sim, algumas coisas do meu enxoval, mas eram coisas bobas, tipo, pano de prato, talheres, copos, potes de mantimentos...
Falar em enxoval, eu estava saindo de casa para morar numa quitinete com um carinha por quem eu estava perdidamente apaixonada, mas que na cabeça dos outros não passava de um office boy que ganhava uma merreca!
- "Ai meu Deus, como a Bruna é louca, largou um noivo de 36 anos, bem sucedido que mora em um super apartamento em Copacabana pra morar com um moleque numa quitinete!!!"
Na semana seguinte minha casa já estava mobiliada! Eu já tinha tudo! Geladeira, fogão, máquina de lavar, cama, televisão, guarda-roupas... Só um detalhe... GANHEI TUDO! (Deus é realmente muito fiel) Nada foi comprado! Ali naquela quitinete, eu vivi intensamente, arrisco dizer que foram os melhores momentos da minha vida, foi início de uma nova vida, foram os primeiros meses do meu casamento, ali nos conhecemos de verdade, nos amamos, nos odiamos e nos reconciliamos! rs
Ali naquela quitinete, pequena, mas lindinha, arrumadinha, eu recebi muitos amigos, e por menor que fosse estava sempre cheia, sempre tinha alguém me visitando, sempre tinha alguém querendo estar perto de mim... Servia cachorro-quente na varanda, comia de pé, assistíamos filme na cadeira de praia, ríamos e nos divertíamos...
Não sei porque motivo hoje me veio esse desejo no coração, de escrever sobre a minha vida, sobre o início da minha independencia... Só sei que deu vontade, e como Deus escreve certo por linhas tortas, talvez hoje, alguém estivesse precisando dessa palavra...
Então, respondendo aos inúmeros e-mails de pessoas que me pedem digamos, algum conselho, te digo o seguinte: Siga o desejo do teu coração e seja feliz independentemente do julgamento dos outros!